Artigo do LAM na ANPEC-SUL
Artigo sobre o Programa Saúde na Escola, da professora Larissa Barbosa e da egressa Andressa Kogati
O artigo será apresentado no encontro anual da Anpec/SUL e é fruto do trabalho de monografia da egressa Andressa Kogati, orientada pela professora Larissa Cardoso.
Artigo: EFEITOS DO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA SOBRE O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E ADOLESCENTES NO BRASIL
Andressa Ayumi Adati Kogati
Larissa Barbosa Cardoso
Resumo
A obesidade infantil é um problema preocupante em todo o mundo, uma vez que os índices de prevalência têm aumentado significativamente nos últimos anos. A obesidade nessa faixa etária afeta a saúde física, emocional e aspectos de relações sociais. Dessa forma, estratégias promotoras de saúde e de prevenção da obesidade infantil tornam-se cada vez mais necessárias. No caso brasileiro, dentre essas políticas, destaca-se o Programa Saúde na Escola (PSE), uma estratégia intersetorial do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação que objetiva articular ações de promoção, prevenção e atenção à saúde. Nesse contexto, o presente trabalho objetiva analisar o efeito das ações de prevenção da obesidade infantil entre participantes e não participantes do Programa Saúde na Escola no Brasil. Mais especificamente, buscou-se analisar o impacto do PSE sobre o Índice de Massa Corporal (IMC) de adolescentes no Brasil. Trata-se de um estudo observacional, com dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PENSE) de 2015. O método de Propensity Score Matching (PSM) foi adotado para estimar o impacto do programa. Os resultados mostram que a média do IMC são menores em participantes do programa, bem como são maiores em indivíduos brancos, de estratos socioeconômicos mais altos, com piores condições de saúde e de escolas urbanas e privadas. Os resultados do PSM, por sua vez, mostram que a adesão ao Programa Saúde na Escola, com a realização de ações de promoção de saúde diversas, implica em menor IMC do estudante (-0,69 kg/m²). Analisando o efeito do programa por sexo e por condição de obesidade/sobrepeso, tem-se que o PSE possui um impacto de redução maior entre estudantes do sexo feminino do que do sexo masculino (-0,69 kg/m² contra –0,67 kg/m²) e entre estudantes com sobrepeso dos que os com obesidade (-0,74 kg/m² contra -0,68 kg/m²). O PSE, portanto, configura uma importante política de combate e prevenção da obesidade entre escolares no Brasil.
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